sábado, 7 de fevereiro de 2009

Europa!!!



Nunca pensei que fosse gostar tanto da Europa. Ao pensar na Europa ficava questionando qual deve ser a graça de só ver um monte de museus, e lá eu tive o enorme prazer de ver que essa minha idéia (que nem sei de onde surgiu) estava totalmente errada.


A idéia de ir foi por acaso. Já pela terceira vez minha mãe ia pra ser jurada de um concurso internacional de blogs (o BOB’s – Best of Blogs). Desde a primeira vez que ela foi, ela se apaixonou por toda a Alemanha, e volta contanto mil e uma deste país tão impressionante e inspirador. Numa destas conversas surgiu a idéia de ir com ela, fui juntando dinheiro e no final deste ano rolou – de 24 de novembro a 07 de dezembro eu estaria pisando em solo europeu.

Contatos imediatos com Paris


Antes de Berlim o avião teve uma escala em Paris, e só de me dar conta que estava pousando na Europa já tive uma sensação incrível! Nossa, não acredito, estou na Europa mesmo!!!


O aeroporto Charles De Gaule é imenso! Nas orientações da aeromoça, para pegar o avião para Berlim tinha que ir até o terminal 2 –E (que em francês é engraçado, se pronuncia algo como “dú – ã”) seguindo até o fim em uma direita, tinha que subir (?!), e depois pegar um ônibus gratuito..não sei mais o quê - acabei me perdendo um pouco nas explicações, fui seguindo as placas que apontavam para o terminal, junto com um outro brasileiro que era de uma cidade do interior de São Paulo que agora não lembro o nome. Era um mocinho talvez um pouco mais novo que eu, que estava indo pela primeira vez para Lisboa, e no fim também foi a primeira vez que ele andou de avião, fomos conversando no caminho e, como ele não falava inglês, eu ajudei ele a achar a plataforma que ele precisava ir, procurando nas TVs e perguntando quando necessário. Foi uma rápida companhia pra compartilhar as impressões imediatas deste outro país e um pouquinho do frio na barriga de andar rumo a esse terminal que não chega nunca pensando se começaríamos a nos preocupar com perder a conexão por causa dessa distância.


Também foi tranqüilo passar pela alfândega, o guarda falou “Bom Soire” e carimbou meu passaporte – que felicidade meio besta de ter um carimbo de outro país no passaporte, mas eu olhei e achei legal, hihi. No raio-X foi engraçado: o guarda mandar eu tirar a bota e passar ela pela esteira também – engraçado porque eu acatei na mesma hora e fiquei aliviada por ter ido na manicure há pouco tempo e por não ter chulé, só depois pensando mas o que será que as pessoas podem levar na bota?!


Na caminhada também prestei atenção no pequeno detalhe que TEM UMA ESTAÇÃO DE TREM DENTRO DO AEROPORTO. Uau! Pode parecer um pouco banal, mas eu tentei até memorizar o local onde era a estação, ia ser muito importante essa informação na volta pro Brasil.


Berlin -Tëgel Airport


Uma das minhas apreensões ao chegar era ter que ir sozinha do aeroporto pro hotel. Isso porque eu e a minha mãe não fomos juntas no mesmo avião, e o dela ia chegar antes. Acabamos combinando de ela me esperar lá, já que iam ser só tipo uns 40 minutos de diferença. E foi bom chegar e já ver ela lá esperando pelo vidro. Quase uma cena de Mr. Bean: fui tentar equilibrar as malas em cima da que tinha rodinhas e ela tombou com as outras em cima, e o pior foi tentar segurar e ir caindo uma a uma... O pior foi dar uma risadinha, já que todo mundo viu, e olhar sorrindo pra frente e as pessoas em volta continuarem olhando pra mim, sérias. Eu sempre achei constrangedora uma situação em que todos gargalhassem em seu entorno, mas ninguém rir também acaba sendo um pouco embaraçoso...! E quando fui querer sair da situação indo em direção aos carrinhos que estavam no lado oposto de onde eu estava, me culpando por ser preguiçosa, já que o carrinho “ta lá pra isso”, qual não foi minha surpresa ao puxar o carrinho e ele estava preso com uma corrente, com algo escrito que entendi como tinha que deixar uma moeda. Um pouco mais sem-graça, fui em direção à porta de vidro tentando equilibrar as malas de outro jeito.


Encontrei minha mãe e, apesar de todo o frio que nos cumprimentava quando as portas automáticas se abriam, sorrindo “de orelha a orelha” juntamos as malas e seguimos para pegar o ônibus até o hotel. Achei que ia achar graça só na hora, mas lembrar como o ônibus tinha bastante gente, e de mim e da minha mãe vendo o melhor jeito de deixar as malas juntas, tentar sentar e não fechar o caminho nem ocupar tipo 3 bancos dá vontade de rir.
Pequeno susto no hotel – tinha uma lista especial com o nome dos jurados, mas na hora do check in o menino não se lembrou dela e ficamos tipo 5 minutos achando que a nossa reserva não estava feita.


Essa foto é uma vista do hotel para a Torre da TV (TV Tower), que no fim se tornou sempre o ponto de referência, independente do lugar de onde vínhamos.