sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

European Tour - The beginning

24/11/2008 - Dia da ida

Muitas atribuições e significativa desorganização da minha parte, acrescidos de uma atitude que cada vez mais me convenço ser um tipo de doença – a procrastinação (alguma hora falo mais sobre isso), resultam em eu ter que deixar coisas para serem feitas no final de semana e até quase o último minuto antes de ter que sair desesperada para viajar.

Já eram 13:00, eu ainda no trabalho “terminando” as coisas (o mais infinito dos gerundismos) , sendo que não tinha nem feito a mala e precisava sair de casa às 17:00. Não é à toa que meus fios de cabelo se suicidam se jogando do alto dos meus “1,67-8-9 ”m Sem reviver essa ansiedade, resumo dizendo que saí do trabalho quase 14 horas, mas o desespero não foi maior porque tenho pessoas queridas e que, além disso, trabalham comigo e seguram as pontas enquanto eu saio pra recuperar as energias.

Só um parênteses para o toró que eu peguei até chegar em casa: eu tinha resgatado o carro da oficina não fazia nem uma semana, ainda um resquício de frio na barriga por ter batido e tendo que enfrentar o maior pé d’água, cachoeiras e cachoeiras nos morrinhos da Vila Madalena. No final da Rua Aspicuelta não entendi porque as pessoas pararam de andar enquanto a água subia do lado do carro, e me dei conta que todos estavam retornando, já que só uma 4x4 pôde atravessar o rio que se formava mais à frente. E tudo “Com Emoção” (como dizem no Nordeste): não podendo parar pra esperar a chuva passar – já eram quase 15 horas e eu ainda com o agravante da mala desfeita e o horário pra sair - e SEM ENXERGAR UM PALMO NA FRENTE DO NARIZ... dirigindo no melhor estilo Com a Cara no Vidro, como diz meu pai “em caso de acidente, engula a direção”. Fui fugindo para o alto e consegui chegar em casa pela Av. Pompéia. Ufa.

Me dei conta que não tinha almoçado, mas tinha coisas mais importantes para fazer. Fiz a mala a tempo, com certeza com mais coisas que o necessário, mas o suficiente pra me sentir segura com o que estava levando – como fazer a mala pra um lugar tão frio??!!! Fui me lembrando das dicas que já tinha ouvido, acompanhando pelas listas de viagem que uma amiga me preparou pra ajudar a agilizar, e também jogando um pouco de tudo de qualquer jeito pra ver o que cabia.

Finalmente fomos para o aeroporto. Quase...Estávamos saindo e minha Irmã tava indo de calça de moleton furada no joelho e chinelo...”Ah, não “Juliá”, faça me o favor...” Foi se trocar e colocou shorts e chinelo...E tava frio..! “Só pode estar de brincadeira, põe uma calça e um tênis logo...” Apesar do bico dela, eu devia estar com mais cara de louca, porque minha mãe reforçou com um “Julia, vc tá querendo matar sua irmã do coração, irritando ela de propósito?”Hahaha. Boys will be boys, Girls will be girls, and Brothers and Sisters will be brothers and sisters...

Desde ontem me bateu um frio na barriga. Eu ia em um vôo diferente da minha mãe, encontrar ela direto no hotel, porque ela ia chegar um pouco antes. Todos uns medos bobos apareceram – vou me perder, não vou saber falar nada, não sei nem falar “desculpa” em Alemão...Bobos mesmo. Assim que entrei no avião, passou. E eu não tenho medo nenhum de andar de avião - um medo a menos.

Até no avião curti bastante. Desde aceitar uma taça de champanhe “pra dormir melhor”, até assistir a um filme francês com legendas em inglês (“Mes Amis, Mis Amour” - algo assim) ao invés do quase lançamento Mamma mia – este eu podia assistir depois, mas quando eu ia assistir uma Comédia Romântica francesa senão agora mesmo?!Tudo para ir entrando no clima.

Nenhum comentário: